Brasil pode voltar a ser maior exportador de soja
11/05/2015
As vendas acumuladas de soja da safra 2014/2015 continuam bem acima de 2013/2014 e devem superar os 50 milhões de toneladas. Grande parte dessas vendas foi realizada devido ao atraso da colheita e à greve dos caminhoneiros no Brasil, que fizeram com que a demanda que vai para o Brasil, a partir de fevereiro, fosse direcionada aos EUA. Graças à estes fatores, a tendência de redução das exportações americanas à partir de fevereiro não foi vista este ano.
Mesmo com tal campanha recorde de exportações para a safra 2014/2015 de soja nos EUA, o mercado compreende que o País terminará este ano safra (31 de agosto de 2015) com amplos estoques, entre 9 e 10 milhões de toneladas (MT), comparado à somente 2,5 MTs no ano-safra 2013/2014.
O foco se volta cada vez mais para o ritmo de vendas de soja americana para a safra 2015/2016. Até agora, os EUA venderam apenas 55% do total vendido na mesma época do ano passado. A maior competição global e a compra mais cadenciada por parte dos chineses são os dois maiores responsáveis por tal redução no ritmo. A questão agora é: isto é uma tendência para a campanha de vendas americanas durante a safra 2015/2016 ou apenas um efeito temporário? O mercado estará acompanhando de perto nos próximos meses.
Mesmo que os EUA vendam menos soja na safra 2015/2016, a AGR Brasil acredita que a demanda chinesa irá aumentar, mesmo que com ritmo mais cadenciado. Isto pode significar excelente oportunidade para o Brasil retomar a posição de maior exportador mundial da oleaginosa na safra 2015/2016.
Fonte: Site da Revista Globo Rural