Em um painel realizado no espaço da Fecomércio GO, na FIC Goiás, na manhã deste sábado (1º), o gerente-geral da OCB/GO, Victor Rios, detalhou os esforços da instituição para abrir mercados no exterior para o cooperativismo goiano, com destaque para a segunda missão comercial à Índia, realizada em outubro. A iniciativa contou com a participação de dirigentes de dez cooperativas agropecuárias associadas.
Victor Rios explicou os objetivos do trabalho. “Nosso papel é mostrar que as cooperativas conseguem fazer exportações, não importa o tamanho dela, pequena, média ou grande. O importante é a sua gestão e sua capacidade”. Sobre a escolha pela Índia, ele explicou que o país é uma das economias que mais cresce no mundo e que a missão permitiu conhecer o agronegócio local, identificando oportunidades para a venda de insumos goianos.
Os resultados concretos já começam a aparecer. Uma das cooperativas participantes, a Central Rede, fará a representação no Brasil de uma tecnologia de nanotecnologia indiana. Essa mesma tecnologia já está sendo aplicada pela cooperativa Complem, com resultados mensuráveis: um aumento de quase seis sacas de feijão por hectare na colheita.
O painel também contou com a participação de Marcelo Gomes, conselheiro de Assuntos Internacionais da Fecomércio GO, que ressaltou que o Brasil também tem tecnologias no agro que podem ser levadas para a Índia, criando uma relação de mão dupla. Além do mercado indiano, Victor Rios revelou que o Sistema OCB/GO mantém negociações com outros países, como Etiópia, Ruanda, México e Japão.
Para viabilizar as exportações, uma grande preocupação é a capacitação logística. Victor explicou que, com o apoio do Sistema OCB nacional e a aplicação do programa NegóciosCoop em Goiás, já é possível capacitar as cooperativas. “Hoje temos cinco cooperativas participando do NegóciosCoop de olho na melhoria dos seus processos visando as exportações”, afirmou.
O trabalho segue um planejamento estratégico. “Este ano vamos finalizar nosso levantamento de todas as cooperativas goianas que têm potencial para exportação. Depois, vamos definir metas de exportação para cada uma delas”, explicou Victor, acrescentando que a viabilidade financeira será monitorada constantemente. Marcelo Gomes complementou que, para ser bem-sucedida no exterior, uma empresa precisa ser competitiva internamente, e elogiou o modelo de intercooperação para explorar mercados em conjunto, uma prática que dilui riscos e potencializa a oferta de produtos.