
A doação de sangue é um ato voluntário que salva vidas diariamente nos serviços de saúde de todo o País. Uma única doação pode beneficiar até quatro pessoas, já que o sangue é fracionado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas, plasma e crioprecipitado), utilizados em tratamentos específicos de pacientes.
Segundo o médico hematologista cooperado da Unimed Goiânia – Cooperativa de Trabalho Médico, Renato Tavares, o sangue e seus derivados dependem exclusivamente da solidariedade humana. “Quando indicado, não há substituto. A doação precisa ser voluntária e altruísta, e isso faz toda a diferença para quem precisa”, destaca.
O alerta ganha ainda mais relevância entre novembro e janeiro, período considerado o mais crítico para os bancos de sangue. “Vários fatores afetam o balanço entre demanda e oferta de hemoderivados. Um dos principais é a queda nas coletas devido às férias escolares. Os estoques precisam ser mantidos continuamente”, esclarece.
Mitos sobre doação de sangue
Apesar da importância vital da doação, muitos mitos ainda afastam potenciais doadores. O hematologista esclarece os principais: “Um dos mitos mais comuns é que, se a pessoa doar uma vez, ela deverá doar sempre. Isso não tem nenhum fundamento. Também não engorda, não emagrece e não faz nenhum mal ao doador saudável.”
Segundo o especialista, outro equívoco frequente é sobre a doação durante a menstruação. “Mulheres menstruadas podem doar sim, desde que estejam se sentindo bem”, afirma o médico. Ele também destaca que pessoas idosas podem ser doadoras: “até 69 anos podem doar, desde que a primeira doação tenha sido feita até os 60 anos.”
Quem pode doar?
Para realizar a doação de sangue, é preciso estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam de autorização dos pais ou responsáveis), pesar acima de 50 kg e apresentar documento oficial com foto. Além disso, o doador precisa ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas.
Renato explica que alguns critérios podem impedir a doação temporariamente, como problemas de saúde passageiros, cirurgias recentes, quadros infecciosos, gestação, amamentação e vacinação recente, entre outros. “Condição de saúde ruim, mesmo temporária, impede a doação, pois o doador nunca pode correr riscos. Mas reiteramos o alerta para aqueles doadores que estão com a saúde em bom estado. Esse é período preocupante e uma doação de sangue pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas”, orienta.
Campanha Abraço
Para reforçar a conscientização neste período, a Unimed Goiânia promove a campanha “Abraço”, que simboliza a doação de sangue como um gesto de acolhimento e solidariedade. Com a mensagem central “Doar sangue é um abraço que diz: eu estou aqui”, a iniciativa busca ampliar o engajamento de doadores regulares e incentivar novos voluntários.
Como parte da mobilização, no próximo dia 5 de dezembro, o Instituto Unimed Goiânia recebe o ônibus do Hemocentro de Goiás para coleta de sangue e cadastro de doadores de medula óssea. A ação será realizada no Centro de Diagnósticos Unimed (CDU), na Avenida T-7, das 8h às 15h50.
Fonte: Kasane