O 7º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC) aprovou 72 dos 177 trabalhos submetidos à sua banca avaliadora. O trabalho aprovado do Sistema OCB/GO- ‘Profissionalização da Gestão e Resiliência para Pequenas Cooperativas: Relatos do Projeto Piloto Coopertrilhas’- ficou na lista dos 50 melhores, recebendo o financiamento de passagem e hospedagem para o autor-apresentador. 

A divulgação feita na última sexta-feira (14) revelou que, dos seis temas indicados, Governança e Gestão foi o eixo que mais recebeu propostas com 16 artigos científicos, um de iniciação científica e três relatos de experiência. Serão apresentados no evento, em setembro, 53 artigos científicos, 8 projetos de iniciação científica (IC) e 11 relatos de experiências.

Os autores do artigo do Sistema OCB/GO Bruno Costa da Fonseca, Gracielle Couto Carvalhaes, Emanuell Lopes Barros Oliveira, Ilaurenice Lopes Sampaio e Guilherme Alves Salomão tiveram como objetivo apresentar as experiências de um projeto piloto que buscou promover o aprimoramento e a profissionalização da gestão de pequenas cooperativas por meio de uma trilha de desenvolvimento das capacidades dos associados e colaboradores.  

O artigo

Segundo os autores, o Projeto prevê a aplicação de uma jornada de desenvolvimento que envolve diagnóstico organizacional, capacitação e entrega de um instrumento de gestão personalizado para a cooperativa, intitulado Produto Estruturado de Iniciativas. O Produto Estruturado de Iniciativas consiste em uma entrega de valor baseado em um gap encontrado no diagnóstico e adaptado à realidade da cooperativa. Uma das premissas do Projeto é que este Produto possa “ser lido” pela cooperativa e passível de execução.  

Assim, uma segunda premissa consistiu na integração das áreas finalísticas do Sistema e potencialização dos serviços já existentes. Conforme a Diretriz Nacional de Atuação do SESCOOP os serviços entregues as cooperativas são parte de um processo macro, integrado entre as áreas finalísticas. A Diretriz preconiza um modelo de atuação que considera o desenvolvimento humano, visando à redução das lacunas de competências essenciais para o crescimento e desenvolvimento organizacional, segundo as necessidades identificadas via diagnósticos situacionais na cooperativa (SESCOOP, 2018). 

A terceira premissa que fundamentou as características essenciais do Projeto foi o desenvolvimento a partir de um modelo ágil, com uma abordagem flexível e iterativa para o gerenciamento do projeto: Equipes horizontais e autogestionárias, funcionando como pequenos squads, um Scrum Master e a supervisão das Coordenações/Gerência. Cada squad era responsável por uma cooperativa, acompanhando-a do início ao fim da trilha.

“Conduzimos o projeto piloto com três cooperativas de reciclagem, com duas trabalhando o tema do cooperativismo básico e uma, o tema de mercado. As cooperativas passaram pelas etapas de diagnóstico, capacitação e entrega do produto final. O principal resultado do projeto foi a sensibilização das cooperativas envolvidas sobre a importância da teoria da mudança para as organizações. Identificar problemas e compreender como um projeto pode promover mudanças desejadas, levando em consideração as prioridades da cooperativa. Além disso, o projeto visou conscientizar sobre a necessidade de profissionalizar a gestão das cooperativas, uma vez que o tempo dedicado à gestão e capacitação é fundamental para a sustentabilidade das mesmas”.



Bruno Costa da Fonseca

*Com informações do Sistema OCB nacional