Em uma decisão considerada uma vitória para o setor, a Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg) aprovou a manutenção da taxa de registro de atos das cooperativas para o ano de 2026. A medida, votada e aprovada em plenária na última terça-feira (11), garante que o valor permaneça em R$ 583, evitando um reajuste previsto de 4,06%, que elevaria a taxa para R$ 606,32.

A manutenção é fruto de uma atuação estratégica dentro da Juceg. O cooperativismo é representado pela advogada Ludimila Figueiredo Barbosa, vogal da OCB/GO, que apresentou um voto divergente fundamentado contra a proposta de aumento. Em sua argumentação, ela demonstrou que a arrecadação do órgão se mantém equilibrada com os valores atuais e que Estados com maior número de cooperativas, como Minas Gerais, praticam valores de taxas inferiores aos de Goiás.

A decisão foi comemorada como uma conquista essencial para a preservação de um tratamento justo e proporcional ao cooperativismo. Ludimila aponta que o impacto do aumento recairia com mais força sobre as cooperativas de menor porte. “Para uma cooperativa arquivar um ato na Juceg, ela paga R$ 583. O valor é um só, independentemente do tamanho da cooperativa. Ou seja, o aumento impactaria principalmente as cooperativas pequenas”, explicou. O benefício favorece entidades de segmentos como artesanato, agricultura familiar e reciclagem, que têm menor margem para absorver custos operacionais adicionais.

Representatividade

A presença da OCB/GO no plenário da Juceg foi oficializada há quatro anos por decreto do governador Ronaldo Caiado, um marco que garantiu voz ativa ao cooperativismo em um fórum decisivo. Ludimila Barbosa, atualmente em seu segundo mandato como vogal, integra um colegiado de 14 membros que representam diversas entidades do setor produtivo goiano.