O Setembro Amarelo é um mês dedicado à conscientização e prevenção do suicídio, mas tudo começa com o reforço da importância da saúde mental e do autocuidado, temas acerca dos quais é preciso ampliar o debate. Informações compiladas pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) mostram que a taxa de suicídio cresceu no Brasil ao longo dos últimos anos. Mais do que isso, as notificações de autolesão na faixa etária entre 10 e 24 anos aumentaram em média 29% anualmente.
Diante disso, a Unimed Cerrado desenvolveu o programa Bem Me Quero, que leva palestras gratuitas presenciais sobre saúde mental a diversas cidades do Norte goiano. Abordando temas relevantes e a importância de quebrar o silêncio sobre o assunto durante o ano todo e buscando alcançar o maior número de goianos possível, as palestras também estão disponíveis on-line, permitindo o acesso remoto e a privacidade dos interessados. O conteúdo está reunido no site https://bemmequero.unimedcerrado.com.br/.
“A realização de ações de informação e conscientização durante o Setembro Amarelo é uma ferramenta muito importante, pois ajuda a reduzir os estigmas associados ao tema e contribui para que a população saiba cada vez mais como agir, o que fazer, como apoiar e acolher”, afirma a psicóloga Mariana Antonelli, que atua junto à cooperativa.
Fatores de risco
Apesar de ser um tema delicado, o suicídio deve ser discutido de forma clara e objetiva para que seja possível entender melhor os fatores de risco e os sinais de alerta. É o que afirma a psicóloga, que também destaca que alguns dos principais fatores de risco incluem o histórico de transtornos mentais, como depressão, ansiedade e transtorno bipolar, além do uso abusivo de substâncias como álcool e drogas.
Entre os sinais de alerta ela aponta mudanças bruscas de comportamento, isolamento social e verbalizações frequentes sobre morte ou desesperança. “Saber reconhecer esses sinais é fundamental para oferecer o apoio adequado”, destaca a especialista. Também por isso, a especialista reforça a necessidade de realizar ações de conscientização como o programa Bem Me Quero, que vai promover o debate e desfazer mitos entre os goianos.
Rede de apoio
É importante salientar que a saúde mental é um tema amplo e envolve problemas ainda muito ignorados no Brasil. Somos considerados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) o país mais ansioso do mundo, com 9,3% da população apresentando sintomas. Nesse cenário, a psicóloga reforça que o apoio de familiares e amigos pode ser vital para aqueles que enfrentam crises emocionais.
“Uma rede de apoio acolhedora, que pratique a escuta ativa e empática, é essencial para que essas pessoas se sintam compreendidas e amparadas”, explica a psicóloga. Ela reforça a importância de oferecer apoio prático, como acompanhar a pessoa em consultas médicas ou psiquiátricas, e monitorar sinais de alerta para agir rapidamente em situações de risco.
Contudo, Mariana também lamenta a persistência de tabus que dificultam a busca por ajuda relacionada à saúde mental. O estigma social, o medo do julgamento e concepções equivocadas sobre o acompanhamento especializado para tratar a saúde mental impedem que muitas pessoas procurem o apoio necessário. “O diálogo aberto e bem-informado pode salvar vidas”, ressalta a psicóloga.
Além disso, ela frisa que a falta de informação e os preconceitos religiosos ou culturais também são barreiras significativas. “É crucial que rompamos com esses tabus para que todos possam acessar os cuidados necessários para sua saúde mental sem medo ou vergonha”, completa a especialista.
Bem Me Quero: informação e suporte acessível
Nesse cenário, o programa Bem Me Quero, desenvolvido pela Unimed Cerrado para atender a população do Norte goiano e de todo o Estado, busca facilitar o acesso ao cuidado com a saúde mental, pois ele é essencial para construir uma sociedade mais saudável e resiliente. Além das palestras gratuitas realizadas presencialmente e online, a cooperativa disponibilizará um vasto repertório digital com conteúdo informativo sobre o tema. Com a iniciativa, a Unimed Cerrado reforça seu compromisso com a saúde mental da população goiana, oferecendo recursos que podem fazer a diferença na vida de muitas pessoas.
Fonte: Assessoria de imprensa Unimed Cerrado