Anúncio do investimento foi feito durante a abertura da Agrotecnoleite Complem

Atuação do Sistema OCB/GO no Conselho Deliberativo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel) vai garantir uma economia de R$ 8 milhões para a Complem. O valor corresponde à redução na taxa de juros de um financiamento feito pela cooperativa junto ao Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). Em setembro de 2023, o Sistema OCB/GO solicitou ao Condel que fosse considerado o porte da maioria dos cooperados e não o faturamento das cooperativas do Ramo Agro em empréstimos junto ao FCO. A alteração passou a valer desde janeiro deste ano. 

A Complem fez o financiamento para expandir sua estrutura. O valor do projeto, que já foi aprovado, é de R$ 62 milhões. A novidade foi divulgada pelo presidente da cooperativa, Sérgio Penido, durante a abertura da Agrotecnoleite Complem 2024, nesta terça-feira (7), em Morrinhos. “Essa conquista das cooperativas para realizar empréstimos mais equalizados junto ao FCO, nasceu de um trabalho conjunto entre a OCB/GO e a Secretaria da Retomada. E foi a partir dela que vamos conseguir economizar R$ 8 milhões em pagamento de juros, durante o período de 10 anos”, comenta.

Os investimentos serão usados para dobrar a capacidade de armazenamento de grãos da Complem, na robotização do envase do leite UHT, na automação das operações da fábrica de ração, na ampliação das câmaras frias para o armazenamento de sementes e na aquisição de novos caminhões para o transporte. De acordo com Penido, as melhorias serão entregues aos cooperados até 2026.  

Solicitação

A solicitação feita pelo Sistema OCB/GO junto ao Condel foi sacramentada em uma reunião com representantes do FCO, da Sudeco e do Banco do Brasil, ano passado. Segundo o presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, que participou do encontro, o objetivo foi evitar distorção de taxas nos empréstimos feitos para as cooperativas do Ramo Agro. “Nós fizemos este pleito para a correção de uma injustiça que estava havendo. Quando uma cooperativa rural pedia um empréstimo empresarial, o porte era avaliado pelo seu faturamento, isso estava causando uma distorção de taxas. Aí nós fizemos esse pedido ao Condel via o Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), presidido pelo secretário da Retomada, César Moura, para que fosse considerado sempre o porte dos cooperados”, explicou.