Desde o surgimento da mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, em 2022, a vigilância e a detecção rápida da doença têm sido essenciais para conter sua disseminação. A infectologista cooperada da Unimed Goiânia, Renata Bernardes, alerta que a nova variante 1b do vírus apresenta manifestações cutâneas espalhadas por todo o corpo e maior transmissibilidade, o que aumenta a preocupação. Embora Goiás ainda não tenha registrado casos desta nova variante, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), já foram contabilizados 12 casos, sem óbitos, de monkeypox (mpox) somente este ano. Por isso, a médica ressalta a necessidade de atenção contínua tanto da população quanto dos profissionais de saúde.
A infectologista destaca que os primeiros sinais clínicos de mpox incluem lesões de pele dolorosas, que evoluem de bolhas para crostas, associadas a febre, mialgia (dor muscular), cefaleia (dor de cabeça) e aumento de gânglios. A detecção precoce desses sintomas é fundamental para uma resposta rápida e eficaz ao tratamento. “A cepa 1b se distingue por aparições cutâneas generalizadas, ao contrário das lesões mais localizadas vistas em variantes anteriores. Esse novo subtipo é considerado mais perigoso e potencialmente mais transmissível”, explica.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 90% dos casos registrados desde 2022 ocorreram em homens, com mais de 70% dos infectados sendo jovens entre 19 e 39 anos. No entanto, qualquer pessoa que tenha contato físico próximo com alguém infectado corre o risco de contrair a doença. “É essencial não estigmatizar a doença ou os doentes, pois a mpox pode afetar qualquer um”, atenta a médica.
Fique por Dentro
A infectologista ainda reforça a importância de procurar orientação médica ao identificar os primeiros sinais de sintomas, lembrando que o vírus pode se espalhar principalmente por meio de gotículas respiratórias, contato pele a pele, como toque ou relações sexuais, e contato com materiais contaminados. “A resposta rápida é essencial para evitar a disseminação da doença e proteger a saúde da comunidade”, explica.
Renata destaca que a adoção de medidas preventivas continua sendo o principal caminho para controlar a doença. “A população deve seguir as orientações de saúde pública e tomar precauções, como evitar o contato próximo com pessoas infectadas e manter uma boa higiene pessoal, para ajudar a prevenir surtos futuros”, finaliza.
Fonte: Kasane