Infraestrutura, Saúde e Educação são as áreas estratégicas em que a Prefeitura de Goiânia vai concentrar investimentos em 2023. A promessa é realizar em obras neste ano R$ 1,7 bilhão, valor quase equivalente ao aplicado na última década no município. Os números e detalhes do programa Goiânia Adiante, comemorativo aos 89 anos da capital, foram apresentados pelo secretário municipal de Infraestrutura Urbana, Denes Pereira Alves, em reunião do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Fieg, quarta-feira (15/02), na Casa da Indústria. A reunião do Coinfra foi marcada também pela posse dos 45 conselheiros para a gestão 2023-2024, dentre eles, o representante do Sistema OCB/GO, Carlos Matos, Coordenador de Desenvolvimento de Cooperativas, da OCB/GO.
O conselho é composto por representantes de entidades classistas patronais, empresários e profissionais do setor de infraestrutura (construção civil, energia, logística, transporte e comunicações), com debate sistemático das demandas do Estado para promoção do desenvolvimento econômico e melhoria do ambiente de negócios. O encontro, moderado pelo presidente do colegiado, Célio Eustáquio de Moura, contou com participação do secretário executivo da Seinfra, Alexandre Garcês de Araújo, e do superintendente de Obras e Serviços de Infraestrutura Urbana da pasta, Dickson Gomes.
“Goiânia hoje, com 95% de sua malha urbana asfaltada, tem condições de rediscutir o recapeamento de ruas. Só nessa frente, vamos recuperar 500 quilômetros de asfalto. Também estão previstas ações para melhorar a mobilidade, atacando complexos viários que são gargalos na capital, e atualizar o parque luminotécnico, com substituição por lâmpadas de led”, afirmou Denes Pereira, secretário municipal de Infraestrutura Urbana.
Principal área a receber recursos, a infraestrutura vai movimentar as principais frentes de obra na capital. Com os R$ 1,4 bilhão destinados ao setor, a previsão é de construção de 11 novas pontes para interligação entre bairros; pavimentação, drenagem e serviços complementares em dez bairros; manutenção de monumentos e praças; e construção de cinco complexos viários, beneficiando rotas que passam pela BR-153, BR-060, Rua 83 e Avenida Castelo Branco.
No parque luminotécnico, está prevista a troca de 180 mil pontos de luz por luminárias led e, no recapeamento asfáltico, o planejamento estima quase R$ 300 milhões em investimentos, além de R$ 30 milhões para operação tapa-buracos.
Consideradas pautas estratégicas ao setor produtivo, o plano de ação da Prefeitura de Goiânia não prevê intervenções para viabilização do anel viário e finalização do corredor BRT. “A discussão do anel viário se arrasta há anos e quanto mais a cidade cresce, mais complexa torna-se a questão de desapropriação das áreas. Há anos defendemos uma união de esforços para solução da questão, que tem impacto na capital e em outros municípios da Região Metropolitana”, pontua o presidente do Coinfra, Célio Eustáquio de Moura.
Com relação ao BRT, Denes Pereira afirmou que a entrega do trecho 2 da obra (Terminal Isidória – Terminal Recanto do Bosque), atrasada há três anos, deve ocorrer até 30 de junho. O trecho 1 do projeto, entre os terminais Isidória e Cruzeiro, paralisado desde 2021, deve ter a licitação retomada em março.
“A questão do BRT é exaustiva e a sociedade não aguenta mais ouvir falar sobre isso”, desabafou o secretário municipal.
O pacote de ações do programa Goiânia Adiante prevê ainda R$ 140,5 milhões para investimentos em educação, com a construção de 20 novos Cmeis e dez novas quadras poliesportivas, além da reforma de três escolas municipais e manutenção periódica da estrutura; e R$ 144,2 milhões a serem aplicados na saúde, sobretudo para reforma e manutenção preventiva de unidades e construção de 14 novas unidades modulares.
Com informações da Fieg